Bioeconomia pode impulsionar reindustrialização brasileira em bases verdes

Pioneiro no governo federal a dedicar estrutura ao tema, MCTI coordena investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na ordem de R$165 milhões.

A bioeconomia pode impulsionar a reindustrialização do Brasil em bases verdes, ou seja, pode ofertar alternativas de baixa emissão de carbono, que aproveitam os produtos tanto da biodiversidade nacional quanto da agricultura e que agreguem valor para toda a cadeia produtiva, especialmente para os primeiros elos dessas cadeias.

Essa foi a principal mensagem enfatizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no debate online promovido pelo Instituto Senai de Inovação – Biossintéticos e Fibras (Senai CETIQT).

O evento debateu como as entidades governamentais, a indústria e os grupos de pesquisa podem contribuir para a estruturação de uma bioeconomia brasileira ainda mais competitiva.

Participaram do debate o sócio da empresa especializada em bioativos, Assessa, Daniel Barreto;  o Gerente do Senai CETIQT, João Bruno Valentim Bastos; e o especialista e responsável pela área de bioeconomia do MCTI,  Bruno César Prosdocimi Nunes.

Nunes destacou as ações empreendidas pela pasta na pesquisa, no desenvolvimento e na inovação em bioeconomia. O MCTI foi pioneiro no governo federal, ainda em 2016, a implementar uma estrutura dedicada ao tema.

Desde então, a pasta coordena quase R$125 milhões em investimentos, considerando recursos do Orçamento Geral da União, Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), captação internacional e da iniciativa privada.

A esses recursos, acrescenta-se R$40 milhões destinados ao Programa Basic Funding Alliance (BSA), executados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Com isso, nos últimos anos, o MCTI investiu cerca de R$165 milhões em ações de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação para a bioeconomia nacional.

“O Brasil tem a chance de protagonizar o desenvolvimento de novos modelos de desenvolvimento sustentável e contribuir para a transição de uma economia linear e baseada em matérias-primas e fósseis para uma economia circular e baseada em matérias-primas biológicas e renováveis”, afirmou Nunes.