Primeiro emprego na era da inteligência artificial: como se destacar no mercado atual?

Ferramenta vem transformando as profissões e recrutadores buscam por novas competências.

A Inteligência Artificial tem transformado o mercado de trabalho em ritmo acelerado.

Ela automatiza tarefas, otimiza processos e muda a forma como as empresas funcionam. Se por um lado isso “gera medo de perda de empregos, por outro abre portas para novas oportunidades”.

Diante deste novo cenário, é comum se perguntar: “Será que vou conseguir meu primeiro emprego com tanta tecnologia envolvida?”.

Segundo o portal da PWC, em setores mais expostos à IA, os salários estão crescendo duas vezes mais rápido do que em setores menos expostos.

Por isso, o diretor nacional da Prepara IA, Leonardo Andreoli, mostra como se preparar para conquistar o primeiro emprego na era da Inteligência Artificial listando quais as competências essenciais para se destacar em uma oportunidade mercado de trabalho.

Como a inteligência artificial está transformando as profissões
Hoje, softwares fazem triagens de currículos, robôs organizam estoques e assistentes virtuais respondem clientes. Mas, ao mesmo tempo, surgiram novas funções: analistas de dados, programadores de IA, gestores de automação e especialistas em experiência do cliente.  Para acompanhar essas mudanças, é preciso aprender constantemente. A combinação entre habilidades técnicas e humanas nunca foi tão importante. A IA não substitui profissionais, mas transforma a forma como trabalhamos. Adaptar-se é a chave para o sucesso.

Entre as competências essenciais para o mercado de trabalho atual “está a alfabetização digital, ou seja, saber usar ferramentas básicas como editores de texto, planilhas e e-mails”.

Outro ponto importante “é o candidato aprender rapidamente novas plataformas e apps, além de ter pensamento crítico e trazer sugestões para resolução de problemas”.

Quando se fala em Inteligência Artificial, é preciso saber analisar dados e situações com lógica, criar soluções simples para problemas do dia a dia e estar por dentro das tendências do mercado e da tecnologia.

Por outro lado, a questão comportamental influencia bastante. Assim, recrutadores buscam profissionais que tenham inteligência emocional, saibam lidar bem com emoções e pressão, estejam aptos a trabalhar em equipe e se comunicar de forma clara. E como a tecnologia avança ano a ano, “o recomendado é investir no aprendizado contínuo”, buscando cursos e formações novas com frequência.

Como adaptar o currículo para passar pelos sistemas com inteligência artificial
Para conseguir o primeiro emprego na era da Inteligência Artificial, é essencial preparar o currículo pensando nos sistemas de triagem automática, conhecidos como ATS (Applicant Tracking Systems).

“Muitos não conhecem, mas trata-se de um tipo de software usado por empresas para organizar e filtrar currículos automaticamente. Ele funciona como um filtro inteligente que escolhe, entre centenas ou até milhares de candidatos, quais currículos são mais compatíveis com a vaga”, explica o diretor nacional da Prepara IA.

Os ATS filtram currículos usando palavras-chave específicas do anúncio, cargos, habilidades ou ferramentas, é o famoso mercado de trabalho e Inteligência Artificial em ação.

Uma má formatação com elementos gráficos, colunas e cabeçalhos, por exemplo, pode “cegar” os sistemas.

Uma estratégia e utilizar palavras-chave do anúncio no currículo, especialmente nas seções de “Experiência” e “Habilidades”.

Quais áreas estão contratando mais jovens com habilidades digitais
As áreas que mais demandam jovens com habilidades valorizadas na era da IA, como programação, análise de dados e pensamento crítico, estão em expansão. Entre as que mais crescem em números de vagas estão Engenharia de Machine Learning, Inteligência Artificial e Big Data. Mas outros setores além da tecnologia também estão contratando: saúde, consultoria, finanças, serviços e até bancos estão buscando talentos digitais.

Por que os jovens estão sendo priorizados?
A chegada da IA derrubou barreiras formais, já que contratações baseadas em habilidades, não só diplomas universitários, estão dominando. Dessa forma, jovens com um a cinco anos de experiência neste segmento têm maior mobilidade, trocando de emprego 33% a mais que gerações anteriores. Além disso, funções criativas como engenheiro de IA generativa e híbridas, mesclando conhecimento técnico e estratégico, estão em alta, aproveitando a familiaridade digital da Geração Z.

“Para quem se deseja destacar no mercado, alguns cursos são prioridade. Entre eles, podemos citar Python, Machine Learning, Data Science, frameworks (TensorFlow, PyTorch), visão computacional e NLP, pois essas são habilidades em alta hoje no ambiente profissional. Dessa forma, uma opção para quem deseja surfar na era da IA em um curto espaço de tempo e optar por cursos práticos, profissionalizantes ou microcertificações que foram preparados para o mercado digital, em vez de esperar por formação universitária tradicional”, finaliza Leonardo Andreoli.