Riachuelo adota nuvem e dados da Microsoft

Varejista visa conectar as áreas de negócios por meio de dados para acelerar inovação e aprimorar experiência do cliente.

A Riachuelo desenvolveu um novo ambiente de gerenciamento e análise de dados com o uso da plataforma de nuvem, Microsoft Azure, e com algoritmos de Inteligência Artificial (IA).

Intitulado de “Self Service”, o ambiente permite que os profissionais das áreas analisem e retirem insights de acordo com suas necessidades, acelerando a inovação e aprimorando o trabalho das áreas financeira, suprimentos, marketing, dentre outras, bem como o da Midway – braço financeiro do Grupo Guararapes.

Para que isto fosse possível, a companhia iniciou, ainda em 2020, todo o processo de migração do SAS, solução analítica on-premise, para o ambiente Self Service em nuvem.

“Fizemos um trabalho de migração junto às áreas de negócio de mais de 250 processos que antes ficavam armazenadas em ambiente on-premise, em cerca de dois meses. Desenhamos o ambiente em nuvem para que as nossas áreas pudessem contar com mais capacidade computacional e suporte na tomada de decisão por meio de dados e Inteligência Artificial”, conta Rodrigo Franco, head de Dados da Riachuelo.

Atualmente, 18 áreas da varejista finalizaram o processo de migração para a nuvem e utilizam modelos estatísticos baseados em aprendizado de máquina (machine learning) para retirar recomendações que auxiliem as suas atividades de negócio.

Dentre elas está a área de relacionamento com o cliente, que consegue fazer estudos de campanha de forma otimizada e aprimorar a segmentação do seu público-alvo para os clientes das lojas e do e-commerce.

Além de proporcionar benefícios aos clientes das lojas, o ambiente Self Service, que está armazenado em um data lake na Azure, também apoia a operação e a personalização do atendimento da Midway, empresa que oferece serviços de conta digital e é responsável pelo gerenciamento dos cartões Riachuelo.

Dessa forma, os times realizam a modelagem de crédito a partir de dados do comportamento dos clientes e fontes de dados do Banco Central e Serasa, e assim podem prevenir risco de crédito e definir o momento mais assertivo de aprovar um cartão ou realizar aumento de limite de crédito.

Outra funcionalidade do ambiente em nuvem da Riachuelo é a possibilidade de analisar o perfil de venda de cada loja, das mais de 330 no País, e adicionar inteligência computacional na alocação e no reabastecimento de produtos.

De acordo com a empresa, a implementação de uma estrutura de dados em nuvem provê mais segurança desde a sua entrada e permite a criação de um catálogo de dados que, por meio do Power BI e do Azure Purview, “facilita o rastreamento e a entrega dos dados, tornando a tomada de decisão dos colaboradores mais eficiente e, praticamente, em tempo real, além de garantir a governança dos dados e a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados”.

Os primeiros resultados da migração já vêm sendo identificados desde o final do ano passado, quando, durante a Black Friday, a Riachuelo “teve aumento na capacidade de performance com redução no tempo de análise de processos em SAS em mais de 50%”.

Além disso, o uso da nuvem permite que a companhia tenha escalabilidade, reduza e compartilhe os custos de infraestrutura entre as áreas – o que antes ficava apenas a cargo da área de tecnologia.