Ataques de ransomware ao sistema Linux crescem 75%

Os serviços de cloud computing cresceram com o trabalho híbrido, levando a maior adesão às plataformas baseadas em Linux.

Os grupos de ransomware têm alvejado cada vez mais servidores que utilizam o sistema operacional Linux.

Somente no primeiro semestre de 2022 foi registrado aumento de 75% nas ameaças contra as estruturas desse tipo, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse “crescimento abrupto” é atribuído ao aumento dos serviços de cloud computing, “que utilizam plataformas baseadas em Linux”, tão necessárias nesta era de trabalho híbrido.

“A visibilidade da nuvem é particularmente importante, devido ao surgimento contínuo de novos grupos de cibercriminosos. Vulnerabilidades não corrigidas e ambientes mal configurados abrem portas para os atacantes, que estão focando cada vez mais em alvos específicos para obter maior vantagem financeira”, destaca Jon Clay, vice-presidente de inteligência de ameaças da Trend Micro.

O relatório aponta um crescimento de mais de 57% nas ofensivas digitais contra empresas no primeiro semestre de 2022, com o bloqueio de 63 bilhões de ataques no período, contra 40 bilhões da primeira metade de 2021.

Os segmentos de governo, indústria e saúde foram os mais alvejados pelos cibercriminosos.

A detecção de ataques de Ransomware-as-a-Service cresceu no primeiro semestre de 2022, com quase o dobro de registros em seis meses.

Grandes players como LockBit e Conti tiveram aumento de 500%, em relação ao ano anterior.

Esse modelo de crime tem gerado lucros significativos para os desenvolvedores de ransomware e seus afiliados.

Trend Micro indica ainda que, neste primeiro semestre, o destaque é o Black Basta, grupo que atingiu 50 organizações, em apenas dois meses.

Embora muitos criminosos prefiram o “big game-hunting” com perseguição a grandes alvos, as pequenas e médias empresas “estão se tornando cada vez mais populares entre os atacantes”.