Categories: Segurança

Líderes de segurança pressionados a reduzir gravidade dos riscos cibernéticos

Segundo dados de uma pesquisa da Trend Micro, 79% dos líderes de segurança digital sentem-se pressionados a minimizar a gravidade dos riscos cibernéticos enfrentados pelas organizações.

Cerca de um terço destes têm a opinião totalmente desconsiderada, segundo o estudo internacional encomendado à Sapio Research.

Ao todo, foram ouvidos mais de 2.600 líderes de TI.

Dos que se sentem pressionados, 43% dizem ser vistos como “repetitivos” ou “irritantes” e 42% acreditam ter uma imagem excessivamente negativa dentro da corporação.

Isso aponta para uma grave lacuna de credibilidade junto à diretoria, relacionada à incapacidade de relacionar a segurança com o risco do negócio, defende ainda o mesmo estudo.

Entretanto, 46% admitem que quando conseguem mensurar o valor comercial da estratégia de segurança cibernética são respeitados.

“Mais da metade dos líderes de TI admitem que a segurança cibernética é o maior risco do negócio, mas não conseguem comunicar esse risco em uma linguagem que a diretoria entenda. Como resultado, são ignorados, menosprezados e acusados de importunação”, destaca Bharat Mistry, diretor de Tecnologia da Trend Micro.

Sobre a lacuna de comunicação persistente entre a TI e a liderança do negócio, apenas 54% dos entrevistados estão confiantes de que o C-suite entenda completamente os riscos cibernéticos que a organização enfrenta – número que pouco mudou desde 2021 (50%).

Mais de um terço (34%) dos entrevistados dizem que a segurança cibernética ainda é tratada como parte da TI e não como um fator de risco de negócios.

Além disso, 80% dos profissionais acreditam que apenas uma violação grave levaria o conselho a agir com mais firmeza em relação ao risco cibernético. O ambiente heterogêneo de segurança cibernética também pode estar agravando esse desafio. Produtos isolados em toda a superfície de ataque geram dados inconsistentes, o que pode dificultar a transmissão de uma história clara sobre o risco cibernético à diretoria.

Mais da metade (58%) dos entrevistados acredita que precisa haver um aumento nas habilidades de comunicação de TI para corrigir a situação.

Uma solução seria a adoção de uma plataforma unificada de Gerenciamento de Risco da Superfície de Ataque (do inglês, ASRM, Attack Surface Risk Management), que fornece insights consistentes sobre os riscos, com dashboards intuitos e métricas de cibersegurança claras e acionáveis.

“As empresas precisam ter uma boa visibilidade da operação para agir rapidamente e de forma eficaz quando surge um incidente, e isso só é possível por meio de análises totalmente automatizadas, com avaliação constante dos riscos, feitas por ferramentas adequadas”, pontua Cesar Candido, diretor geral da Trend Micro Brasil.

Claudia Sargento

Recent Posts

Open Finance e IA: A combinação que vai destravar o valor ao cliente no setor financeiro

O potencial é claro: com a autorização do cliente, os dados financeiros circulam entre instituições,…

2 dias ago

Microsoft e Nova Escola criam programa para treinar professores em IA

Iniciativa inclui a disponibilização de planos de aula e cursos sobre conceitos de Inteligência Artificial…

2 dias ago

NICE é nomeada líder em CCaaS pela Forrester Research

Diz o estudo que a empresa é a escolha ideal para marcas que buscam uma…

1 semana ago

Golpes digitais geram prejuízos elevados nas empresas

Para 59% das companhias nacionais, golpes virtuais podem ser resolvidos com tecnologia certa.

1 semana ago

Apple retoma 1º lugar em vendas de smartphones

A posição se deve ao lançamento do iPhone 16e que tem visto uma forte demanda em…

1 semana ago

Anatel prorroga prazo de inscrição para o P@ed

Programa visa formar líderes para a transformação digital, com 20 vagas para estudantes de diversas…

1 semana ago